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AVC (Acidente Vascular Cerebral)

  • Foto do escritor: Dra. Amanda de Oliveira
    Dra. Amanda de Oliveira
  • 19 de set. de 2024
  • 4 min de leitura


Desvendando o AVC (Acidente Vascular Cerebral)


Como médica, meu compromisso é fornecer informações valiosas sobre o AVC, um dos eventos médicos mais críticos e uma das principais causas de incapacidade e morte no mundo. Compreender o AVC e agir rapidamente são fundamentais para salvar vidas e minimizar danos neurológicos. Nesta página, vamos explorar os principais problemas associados ao AVC, seus sintomas, tipos, causas, fatores de risco, distúrbios relacionados, métodos de identificação e as opções mais eficazes de tratamento e prevenção.


Principais problemas associados ao AVC:


Um Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, privando as células cerebrais de oxigênio e nutrientes. Esse evento pode causar danos imediatos e permanentes. Os principais problemas relacionados ao AVC incluem:


1. Danos neurológicos: Dependendo da área do cérebro afetada, o AVC pode causar uma série de déficits neurológicos, como paralisia, perda de sensibilidade, dificuldades na fala e comunicação (afasia), perda de memória e alterações cognitivas.


2. Complicações graves: Além dos déficits neurológicos, o AVC pode resultar em complicações sérias como infecções, tromboses, crises epilépticas e depressão pós-AVC, que afetam a recuperação e a qualidade de vida.


3. Recorrências: Pacientes que já sofreram um AVC têm um risco significativamente maior de ter outro, destacando a importância do tratamento contínuo e das medidas preventivas.


4. Impacto emocional e social: Além dos danos físicos, o AVC pode afetar a autoestima, a independência e a vida social dos pacientes, muitas vezes exigindo suporte psicológico e social contínuo.


Sintomas de um acidente vascular cerebral:


Os sintomas do AVC surgem de forma súbita e podem variar dependendo da área cerebral afetada, mas é crucial estar atento aos seguintes sinais de alerta:


- Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo: Geralmente afeta o rosto, o braço ou a perna de um lado.

- Dificuldade para falar ou compreender a fala: A fala pode se tornar arrastada, incoerente ou difícil de entender.

- Confusão mental: Desorientação e dificuldade para pensar com clareza.

- Perda de visão: Dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos, visão turva ou visão dupla.

- Dor de cabeça intensa e súbita: Frequentemente acompanhada por náuseas e vômitos, especialmente em AVC hemorrágico.

- Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação: Sensação de vertigem ou incapacidade de caminhar corretamente.


Diferentes tipos de acidente vascular cerebral:


Existem dois tipos principais de AVC, cada um com causas e tratamentos específicos:


1. AVC isquêmico: É o tipo mais comum, responsável por cerca de 85% dos casos. Ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro. As causas mais comuns incluem aterosclerose, trombose e embolia.


2. AVC hemorrágico: Representa cerca de 15% dos AVCs e ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento no tecido cerebral. Pode ser causado por hipertensão arterial descontrolada, aneurismas, malformações arteriovenosas e traumas.


Causas e fatores de risco do AVC:


Os fatores de risco para AVC podem ser divididos em modificáveis e não modificáveis:


- Fatores modificáveis: Pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas, sedentarismo, má alimentação, e doenças cardíacas como fibrilação atrial.

- Fatores não modificáveis: Idade avançada, histórico familiar de AVC, sexo (homens têm maior risco, embora as mulheres sejam mais afetadas após a menopausa), e etnia (afrodescendentes e hispânicos apresentam maior risco).


Transtornos Relacionados:


O AVC está frequentemente associado a outras condições médicas, como:


- Demência vascular: Surge devido a danos cerebrais causados por múltiplos pequenos AVCs, levando a um comprometimento cognitivo progressivo.

- Doenças cardíacas: Fibrilação atrial e outras arritmias aumentam significativamente o risco de AVC isquêmico.

- Doença arterial periférica: Pode indicar aterosclerose em outras áreas, como o cérebro.


Como identificar um AVC:


Reconhecer os sinais de um AVC e agir rapidamente pode salvar vidas. Utilize o acrônimo FAST para facilitar a identificação:


- F (Face): O rosto está caído ou assimétrico?

- A (Arms): A pessoa consegue levantar os dois braços?

- S (Speech): A fala está arrastada ou incoerente?

- T (Time): Tempo é essencial; ligue para o serviço de emergência imediatamente.


Diagnóstico do AVC:


Um diagnóstico rápido é vital para o sucesso do tratamento. Os principais métodos incluem:


- Tomografia Computadorizada (TC): Detecta hemorragias e áreas de dano cerebral.

- Ressonância Magnética (RM): Fornece imagens detalhadas do cérebro para identificar AVCs isquêmicos precoces.

- Angiografia cerebral: Avalia os vasos sanguíneos do cérebro para identificar bloqueios ou rupturas.

- Ultrassom carotídeo: Examina as artérias carótidas para identificar estenoses ou obstruções que possam causar AVC.


Tratamento de acidente vascular cerebral:


O tratamento do AVC varia conforme o tipo e a gravidade, mas os principais métodos incluem:


- Medicamentos: Para AVC isquêmico, trombolíticos podem ser usados nas primeiras horas para dissolver coágulos. Medicamentos antiplaquetários e anticoagulantes ajudam a prevenir novos AVCs. No AVC hemorrágico, medicamentos são usados para controlar a pressão arterial e reduzir o risco de sangramento.


- Cirurgia: Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia para remover coágulos, reparar vasos rompidos ou aliviar a pressão no cérebro.


- Terapia endovascular: Procedimentos minimamente invasivos, como a trombectomia mecânica, podem ser realizados para remover coágulos de grandes artérias.


- Reabilitação pós-AVC: A reabilitação é essencial para a recuperação funcional e inclui fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e suporte psicológico. Ela ajuda a restaurar a mobilidade, habilidades motoras, comunicação e a independência.


- Prevenção secundária: Controlar rigorosamente fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol, adotar uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regularmente e parar de fumar são essenciais para prevenir novos AVCs.


Prevenção do AVC:


Prevenir o AVC é a melhor abordagem e envolve:


- Estilo de vida saudável: Dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, com baixo teor de sal, açúcar e gorduras saturadas.

- Controle dos fatores de risco: Manter a pressão arterial e o diabetes sob controle, reduzir o colesterol, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

- Exercício físico: Praticar atividades físicas regularmente ajuda a controlar peso, pressão arterial e níveis de glicose no sangue.

- Acompanhamento médico regular: Monitorar condições de saúde que aumentam o risco de AVC e seguir as orientações médicas para prevenção.


Como médica, estou aqui para ajudar na prevenção, diagnóstico e tratamento do AVC. A educação, a conscientização e a ação rápida são essenciais para salvar vidas e minimizar as consequências deste grave evento. Se v



ocê ou alguém que você conhece apresentar sintomas de AVC, procure ajuda médica imediatamente.



 
 
 

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