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Epilepsia

  • Foto do escritor: Dra. Amanda de Oliveira
    Dra. Amanda de Oliveira
  • 19 de set. de 2024
  • 4 min de leitura

Epilepsia: O que é ? Tipos, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento.


A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por crises epilépticas recorrentes, que ocorrem devido a descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem variar amplamente em intensidade e apresentação, afetando pessoas de todas as idades, gêneros e origens. A epilepsia é uma das condições neurológicas mais comuns no mundo, afetando cerca de 1% da população global.


O que é Epilepsia?


Epilepsia é uma desordem cerebral crônica que se manifesta através de crises epilépticas recorrentes e não provocadas. As crises resultam de atividade elétrica anormal nos neurônios cerebrais, causando uma variedade de sintomas que podem incluir desde breves lapsos de atenção até convulsões graves.


Tipos de Epilepsia e Seus Sintomas


Existem vários tipos de epilepsia, classificados de acordo com a origem das crises e os sintomas apresentados. Aqui estão os principais tipos:


1. Epilepsia Focal (Parcial):

- O que é: As crises começam em uma parte específica do cérebro.

- Sintomas:

- Crises focais simples: O paciente permanece consciente, mas pode sentir sensações incomuns, como formigamento, alterações no olfato ou paladar, euforia ou medo.

- Crises focais complexas: O paciente perde a consciência e pode realizar movimentos repetitivos, como piscar, mastigar ou andar em círculos.


2. Epilepsia Generalizada:

- O que é: As crises envolvem ambos os hemisférios do cérebro desde o início.

- Sintomas:

- Crises de ausência (Petit mal): Episódios curtos de "apagão" ou perda de consciência, com piscadas rápidas ou olhar fixo.

- Crises tônico-clônicas (Grand mal): Convulsões intensas com perda de consciência, rigidez muscular, espasmos e tremores generalizados.

- Crises mioclônicas: Movimentos musculares rápidos e súbitos, como sacudidas ou espasmos de braços e pernas.

- Crises atônicas: Perda súbita de tônus muscular, que pode resultar em quedas repentinas.


3. Epilepsia Focal com Generalização Secundária:

- O que é: Crises que começam em uma área focal do cérebro e se espalham para todo o cérebro.

- Sintomas: Começam como crises focais e evoluem para crises generalizadas, geralmente do tipo tônico-clônico.


4. Epilepsias Idiopáticas:

- O que é: Epilepsias de origem genética ou sem uma causa estrutural identificável.

- Sintomas: Podem incluir uma variedade de crises, geralmente sem alterações estruturais no cérebro.


5. Epilepsias Sintomáticas ou Criptogênicas:

- O que é: Relacionadas a lesões cerebrais, como trauma, tumores, infecções ou malformações.

- Sintomas: Variam amplamente dependendo da área afetada.


Principais Problemas da Epilepsia e Importância do Diagnóstico Precoce


A epilepsia pode causar uma série de problemas que afetam a qualidade de vida dos pacientes:


- Impacto na vida social e profissional: Medo de crises em público, estigmatização e restrições em atividades como dirigir.

- Lesões físicas: Quedas, ferimentos e acidentes durante as crises.

- Problemas cognitivos e de memória: Algumas formas de epilepsia e seus tratamentos podem afetar a memória e outras funções cognitivas.

- Impacto emocional: Depressão, ansiedade e isolamento social são comuns entre pacientes com epilepsia.

Diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Procurar um neurologista é essencial se você ou alguém que você conhece apresentar sintomas sugestivos de epilepsia, como crises inexplicáveis, episódios de perda de consciência, ou movimentos involuntários recorrentes.


Causas da Epilepsia


A epilepsia pode ser causada por uma variedade de fatores:


- Genética: Algumas formas de epilepsia são hereditárias e têm um componente genético claro.

- Lesões cerebrais: Traumatismos cranianos, tumores, derrames e infecções como meningite podem causar epilepsia.

- Alterações no desenvolvimento cerebral: Malformações no cérebro durante o desenvolvimento fetal.

- Doenças neurodegenerativas: Condições como Alzheimer podem aumentar o risco de epilepsia em adultos mais velhos.

- Problemas metabólicos: Hipoglicemia grave, deficiência de oxigênio no nascimento, intoxicações e deficiências nutricionais.


Como é Feito o Diagnóstico da Epilepsia


O diagnóstico da epilepsia envolve uma combinação de métodos para identificar a causa das crises:


1. Histórico clínico detalhado: Avaliação dos sintomas, frequência e características das crises.

2. Eletroencefalograma (EEG): Exame que registra a atividade elétrica do cérebro e pode detectar padrões anormais associados a crises epilépticas.

3. Exames de imagem (RM, TC): Utilizados para identificar lesões cerebrais, tumores ou malformações que possam causar epilepsia.

4. Exames de sangue: Para descartar causas metabólicas, infecções ou deficiências nutricionais.


Tratamentos para os Diferentes Tipos de Epilepsia


O tratamento da epilepsia é individualizado e visa controlar as crises, melhorar a qualidade de vida e minimizar os efeitos colaterais. As principais abordagens incluem:


1. Medicação:

- Antiepilépticos (AEDs): O tratamento de primeira linha para a maioria dos tipos de epilepsia. Exemplos incluem levetiracetam, lamotrigina, valproato, carbamazepina e oxcarbazepina. A escolha depende do tipo de crise, idade do paciente e comorbidades.

- Politerapia: Combinação de medicamentos quando um único medicamento não controla as crises.


2. Dieta Cetogênica:

- Uma dieta rica em gorduras e pobre em carboidratos que pode ajudar a controlar crises em crianças e adultos com epilepsia refratária a medicamentos.


3. Estimulação do Nervo Vago (ENV):

- Dispositivo implantado que estimula o nervo vago, ajudando a reduzir a frequência das crises em pacientes com epilepsia de difícil controle.


4. Estimulação Cerebral Profunda:

- Técnica cirúrgica que envolve a implantação de eletrodos no cérebro para regular a atividade elétrica em áreas específicas, indicada para casos severos.


5. Ressecção Cirúrgica:

- Remoção da área cerebral onde se originam as crises, recomendada para epilepsia focal que não responde aos medicamentos.


6. Terapias Complementares:

- Biofeedback, mindfulness e técnicas de relaxamento podem ajudar a reduzir o estresse, um desencadeante comum das crises.


Importância do Acompanhamento e Ajustes no Tratamento


O acompanhamento contínuo com um neurologista é essencial para ajustar o tratamento de acordo com a resposta do paciente e efeitos colaterais dos medicamentos. Mudanças no estilo de vida, como evitar privação de sono, consumo de álcool e gerenciar o estresse, também são parte importante da gestão da epilepsia.


A epilepsia é uma condição complexa que exige um diagnóstico precoce e um manejo cuidadoso. O tratamento adequado pode permitir que a maioria dos pacientes leve uma vida plena e ativa. Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de epilepsia, procure um neurologista para uma avaliação detalhada e início do tratamento adequado.



 
 
 

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